As histórias da Família Nalu
Com certeza a Família Nalu tem muita história pra contar. Pato, Fabi e Belinha já rodaram o mundo de avião, helicóptero e veleiro, sempre mostrando imagens lindas em alguns dos maiores paraísos da Terra.
A novidade agora é que eles resolveram contar detalhes sobre os bastidores das viagens, para encorajar e inspirar outras famílias a viverem suas próprias aventuras ao lado dos pequenos.
Preparado? Então vamos lá!
Começando pelo Começo – por Fabiana Nigol
“Como todo casal, tínhamos a preocupação de como seria a vida com um bebê.
Se fôssemos seguir os conselhos de muita gente a Bela não teria nascido, nunca mais teríamos viajado e eu estaria no Brasil levando uma vida tradicional assistindo o maridão surfando pelo mundo.
Nos casamos e planejamos um baby para 5 anos mais tarde.
Curtimos bastante as viagens só nós dois, sem horário pra nada, sem muita grana, dormindo em capas de prancha, passando o dia inteiro na praia e sempre pensando em como poderíamos adaptar aquela vida tão boa com um criança.
Rotina? Não haveria a menor possibilidade! Comecei a filmar o Pato nas viagens, era importante para ele como atleta.
Gostei e passou a ser o meu trabalho! ótima forma de estarmos juntos e isso só veio a acrescentar em nosso relacionamento.
O Pato é o cabeça da família no sentido de planejar e concretizar. O plano dele era fazer um filme com nossas imagens pelo mundo e durante 5 anos juntamos as melhores cenas para um DVD de surf.
Pois é, o plano foi concretizado e era chegada a hora do baby, que veio como planejado.
Enquanto ele editava com nosso amigo e diretor Rafa Mellin, a Belinha se formava, e a idéia de um filme de surf com uma história de amor em família ia tomando corpo.
Era arriscado, diferente, nunca nenhum atleta tinha ido por essa linha, mas a história era verdadeira, cheia de roubadas, alegrias, lugares lindos e muita onda.
Mas qual seria o nome do filme? Enquanto isso, Belinha veio ao mundo e, como ela nasceu no Hawaii, fato que não estava em nossos planos, procuramos um nome havaiano, pois “Isabelle” já estava decidido há tempos.
Gostei de “Nalu”, que tem como referência ondas, oceano. E assim ficou: Isabelle Nalu (em ilhas havaianas a pronúncia correta é Nálu).
E com isso encontramos também o nome para o filme: Nalu. Filme esgotado, o plano tinha dado certo. A dúvida agora era, será que conseguiríamos levar uma vida assim, fora da caixa, com a Isabelle?
Imaginou se nunca tivéssemos tentado?”
8 de abril de 2007. Domingo de Páscoa. Ilha de Oahu, Havaí.
Alguém estourava a bolsa e pedia para vir ao mundo. A única rua que nos leva ao hospital estava fechada.
Uma forte tempestade causou o deslizamento de pedras na baía de Waimea. Já sabíamos disso. pois na noite (e madrugada) anterior fomos até o hospital achando que a hora tinha chegado e nada.
Fomos mandados de volta pra casa, dirigindo por 1 hora de Honolulu até o North Shore e nos deparando com a estrada bloqueada às 4 da manhã.
O jeito foi abandonar o carro e cruzar toda a praia caminhando pela areia fofa com a barriga de quase 9 meses sob uma chuva torrencial em que os pingos chegavam a doer.
Deu tempo de tomar banho, deitar, fechar os olhos e sentir a bolsa estourar!
Para nós, pais de primeira viagem, sozinhos e no meio de uma viagem, a Bela poderia nascer a qualquer minuto.
Carona até Waimea, outra carona com o quadriciclo do salva vidas até nosso carro que estava lá, na rua bloqueada.
As ondas estavam lindas, enormes, acontecia uma missa na praia. Seria a Páscoa mais perfeita de nossas vidas, e foi!
Mas era hora de acelerar para o hospital. Quanta coisa passava na nossa cabeça…
Família, nosso inglês de viajante, o parto, a conta do hospital… mas o mais importante era: “como seria a carinha dela?”
Exatamente 22h06 nascia nossa pequena aventureira.
A família no Brasil ansiosa por notícias, todos preocupados Ah se existisse Instagram e cia há 9 anos atrás!
Mas os amigos estavam lá e o skype já existia sim!
Vinte dias tentando aprender como cuidar daquele bebezinho que trazia muita novidade para nós.
O Havaí não parecia o mesmo, aliás nem parecia que eu estava no Havaí. Eu só pensava: “Será que é assim com todos os pais?”
A dificuldade para amamentar, as noites sem dormir, o motivo do choro… Eu quero a minha mãe!
Mas para isso teríamos que encarar uma viagem bem longa até o Brasil e apesar de tantas viagens, nenhuma seria como essa, isso tínhamos total certeza!
E lá foi Isabelle Nalu para sua primeira viagem internacional, com 20 dias de vida…”
Gostou das histórias? Se liga no site da Mormaii que tem mito mais por aí. E também no Facebook da Fabi, do Pato, Instagram da Família Nalu e do Déda!
[Fotos: Divulgação]