Fábio e Ian Gouveia no WCT da França
O chamado de um filho se escuta em qualquer canto do mundo. Quem é pai sabe disso. Com Fábio Gouveia, o maior sufista brasileiro de todos os tempos, foi assim.
A pedido da cria do meio, viajou para a Europa, onde vão ser realizadas duas etapas da elite do circuito mundial – uma na França, outra em Portugal.
Ian é pernambucano, estreia na elite nesta temporada e, com três campeonatos para fechar 2017, sentiu a necessidade de ter Fabinho ao lado.
Com 12.500 pontos, é o 27º do ranking e, para permanecer na nata da modalidade, em 2018, precisa estar entre os 20.
Com a meta de seguir entre os melhores, apostou no carinho da família e no apoio do pai, que entende muito do assunto.
– Acredito que é muito positivo ter a força de um pai na areia, é uma pessoa que vai te passar bastante confiança e segurança na hora do trabalho – comenta Ian.
A relação dos dois, historicamente, resume-se a pai e filho – a questão profissional está ali, em stand-by, é desnecessária no dia a dia.
Sempre foi desejo de Fabinho dar o amor de sempre, sem ser um chato na beira do mar, com gestos e ações expansivas, a fim de guiar Ian nessa ou naquela onda.
Nunca houve uma porta fechada, no entanto. E a necessidade como um fator novo, com uma dose extra de carinho paternal, fez-se presente.
– Ele me chamou para acompanhá-lo na perna europeia para ver se surte efeito. Uma vez falei para ele que não queria ficar enchendo o saco dele, mas quando ele precisasse, estaria pronto para ajudá-lo. Estou aqui como pai e apoiador, venho filmando as sessões de freesurf e, é claro, conversando o que normalmente sempre converso – declara Fabinho.
Fabinho vê a possibilidade real de resultados satisfatórios, mas entende que Ian tem se apresentado bem no decorrer do circuito.
Como é calouro na ASP, Ian tem se deparado com uma dificuldade maior, afeita aos novatos de todas as competições de mesmo estilo.
Em todo evento, naturalmente, por conta do chaveamento, tem ficado frente a frente dos melhores do ano anterior.
O caminho é árduo. Mas ninguém entrega os pontos.
– Acho que Ian poderia ter ido muito bem em qualquer etapa do circuito. Surfou bem em algumas etapas e muito bem em outras. Pegou pedreiras pela frente, o que é normal no ano de estreia, mas estava deixando uma boa impressão. Não sei o que houve em Trestles, mas foi sua pior atuação. No freesurf, ele estava bem, mas se arrasou nas baterias. Enfim, acho que ele pode ir muito bem na perna europeia e no Hawaii. Ou vai ou racha – afirma o pai.
Logo depois da França, vem a etapa de Portugal. Lugares queridos pelo pernambucano, independentemente de qualquer coisa.
– Expectativa para as etapas são muito boas! Duas ondas que gosto de surfar bastante e acredito que tenho potencial para me sair muito bem – finaliza Ian.
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