Os segredos para se dar bem em águas abertas
GP Extreme Triathlon
Nadar em águas abertas! Sempre há espaço para evolução.
Quer ter acesso a dicas quentes para ajudar você a ter um desempenho melhor no GP Extreme Triathlon?
Então não esqueça, a próxima etapa acontece em São Carlos, dia 03 de março, e o ano promete muita superação.
Nada, Pedala e Corre
Você que é triatleta nos responda, das três modalidades do #nadapedalaecorre qual é que você tem menos, intimidade?
Natação, certo?
A maioria dos praticantes de triathlon vêm das provas de ciclismo ou corrida, sendo a parte d´água a menos preferida entre eles.
E se nadar já é uma dificuldade, fazer isso em águas abertas é ainda mais difícil.
Afinal, quase todos os praticantes estão acostumados a treinar em piscina.
Águas Abertas
Por mais que esse sofrimento seja potencializado, todas as dicas são bem-vindas quando o assunto é nadar em águas abertas.
Pensando nisso nós trocamos uma ideia aberta com o treinador Roberto Lemos, campeão brasileiro de triathlon em 2002.
Além de seu vasto currículo como atleta, Roberto é Mestre em Fisiologia do Movimento Humano pela UDESC e dono da Ironmind Assessoria Esportiva.
Frequência é melhor do que volume
Segundo Roberto, a primeira recomendação está na base.
“Para o atleta que não praticou a natação na infância e está iniciando no triathlon a dica é que ele invista na técnica e em uma assistência.
Ou seja, que ele tenha um treinador na borda da piscina fazendo correções de movimento.
Esses atletas amadores terão um grande ganho se investirem na técnica desde o início”, explica.
“Além disso, sugiro que os atletas façam mais treinos semanais. Frequência é melhor do que volume”, acrescenta.
Passando a fase inicial, os próximos estímulos estão nas simulações de treinamentos para as provas em águas aberta, mesmo que sejam feitos dentro da piscina.
“A dica para aquelas pessoas que não têm a disponibilidade de treinar em águas abertas é que elas façam na piscina exercícios que possibilitem essa movimentação de orientação”, explica.
Veja as dicas
- Treinamento onde o atleta tenha que levantar a cabeça para fora d´água. De forma que possa visualizar algum ponto de referência, como uma boia ou o alinhamento do trajeto
- Fazer exercícios em que o atleta consiga nadar em circuito na piscina, tirando a raia por exemplo. Alguns treinadores costumam fazer isso para criar a “marola”.
- Treinar ao lado de outro nadador na mesma raia para que isso aconteça de forma mais natural. Assim ele consegue usar a mesma técnica na água aberta.
Postura corporal
A natação em águas abertas em envolve diferenças básicas, por isso a preocupação com postura corporal e frequência de nado são extremamente importantes.
“As provas de águas abertas, geralmente, são mais longas do que as de piscina.
Por isso é preciso que o atleta mantenha um tempo médio constante e não necessariamente tenha tanta velocidade, isso para a maioria dos amadores.
O pensamento deve estar voltado ao gasto energético. Por exemplo, os atletas devem ter uma batida de perna menos intensa.
Semelhante aos nadadores de provas de fundo em piscina, pois a perna vai consumir menos oxigênio”, afirma.
“A segunda dica é manter a cabeça mais baixa dentro d´água para que o quadril fique levemente alto, conseguindo uma posição horizontal.
Trabalhar uma braçada mais cadenciada e constante, com um bom ponto de apoio para que o triatleta mantenha um tempo médio constante”.
Orientação
Estar bem ambientado com o mar, lago, ou qualquer que seja o lugar que a prova se realizará é outro ponto fundamental para o sucesso do atleta.
O ideal é que o nadador faça treinos no local da prova quando possível, mesmo que seja na véspera.
“Treinar a orientação é sempre importante. Temos exemplos em que o atleta nada sempre a mais do que o percurso programado.
Se o atleta nadar mais lento, mas na direção certa, ele tem uma vantagem grande. Estar bem orientado é fundamental”, explica Roberto.
Quotes
“É melhor fazer três treinos de 2.000m na semana do que 2 treinos de 3.000m”
“Sempre que possível treine em grupo e com orientação técnica”
Conteúdos GP Extreme
- Mormaii é Parceira do GP Extreme Series Triathlon
- Vamos Falar de Transição
- Nomes de Peso no GP Extreme Triathlon
[Fotos: Satiro Sodré & Divulgação]
Braçada Perfeita, com Betina Lorscheitter
“A carreira de um atleta é muito mais do que a coleção de títulos, medalhas e troféus”, segundo a nadadora Betina Lorscheitter, nadadora da equipe Mormaii.
Em 2010, vinda das piscinas, Betina Lorscheitter decidiu encarar novos desafios com as maratonas aquáticas.
Betina Lorscheitter e a Seleção Brasileira
Já em 2011, conseguiu incluir seu nome entre os convocados para a Seleção Brasileira de Maratonas Aquáticas, quando disputou pela primeira vez uma das etapas da Copa do Mundo da modalidade.
Em uma entrevista exclusiva à coluna “Braçada Perfeita”, ela conta como foi essa transição e o que a levou das competições das piscinas para o mar.
“Sempre gostei muito de nadar no mar e até 2010 havia competido poucas vezes em prova de águas abertas, pois minha dedicação e foco de treinos eram para as competições de piscina.
Fui muito incentivada pelo meu treinador na época a nadar com mais frequência nas provas de maratonas aquáticas.
Resolvemos fazer todo o circuito nacional daquele ano e acabei sendo vice-campeã”, conta Betina.
“O bom resultado me motivou a treinar mais e modificar um pouco os meus treinos para adaptar meu corpo as provas mais longas.
No começo, a distância de 10 km era muito desgastante para mim. À partir da segunda metade da prova, sentia muito cansaço.
Com mais experiência e treinamento específico, me adaptei bem rápido e passei a conseguir manter um ritmo forte até o fim da prova”, revela.
Acompanhe a entrevista de Betina Lorscheitter
Quando você optou pela transição das piscinas para os mares, naquela ocasião, o que você diria para você e que não lhe foi falado e que você traz como principal lição?
Nas primeiras vezes que eu competi os 10 km eu me perguntava: “o que estou fazendo aqui?” Então eu dizia a mim mesma que a maratona aquática não é um esporte fácil, mas você logo eu ia amar fazer isso.
Que lições você traz da convivência com a Poliana Okimoto no Clube Corinthians em São Paulo, quando fizeram parte da equipe? Tecnicamente o que mudou para você em sua natação?
A Poliana sempre foi uma grande atleta e um exemplo pra mim e vários outros atletas por suas conquistas e títulos.
Essa oportunidade de conviver diariamente com ela e treinarmos juntas só reforçou pra mim essa imagem de ídolo e referência no esporte.
Muito dedicada e determinada em todos os aspectos da vida de atleta e como pessoa sempre positiva e do bem.
Em 2013, quando você retornou ao Grêmio Náutico União de Porto Alegre e auxiliou sua equipe a se tornar campeã do Circuito Brasileiro de Maratonas Aquáticas. Como tem sido esta influência dentro do clube e como você procura passar sua experiência aos nadadores mais jovens?
Foi muito bom poder voltar pra “casa”. O GNU foi o clube onde eu conquistei meus primeiros títulos e onde a minha carreira de atleta teve início.
Lembro-me de muitos sonhos e objetivos dessa fase de criança, hoje posso dizer que realizei a maioria deles.
Temos na equipe atletas de várias faixas de idade e uma boa comunicação entre todos.
Tento passar um pouco da minha experiência aos iniciantes sempre que identifico alguém que precise de um conselho ou ajuda e também sei que qualquer um deles tem a liberdade de vir até mim se precisar.
Você tem consciência que, com esta influência junto aos nadadores mais jovens, está escrevendo o seu legado no esporte?
Sim. Eu acredito que a carreira de um atleta é muito mais do que a coleção de títulos, medalhas e troféus que ele tenha.
É também o exemplo, os valores que ele e o esporte que pratica, possuem e transmitem.
A soma disso é poderosa e impacta na vida de muita gente.
Isso é muito prazeroso, saber que você pode impactar positivamente as pessoas que te admiram, mas também é algo de grande responsabilidade.
Não é fácil ter como uniforme de trabalho maiô, toca e óculos de natação em uma cidade com um frio tão rigoroso como Porto Alegre. Não dá vontade de trocar a piscina por um bom chimarrão e um churrasco em alguns momentos? Como é nortear a vida baseada em foco, garra e concentração?
A rotina de um atleta de alto nível é sim muito dura e desgastante. Exige dedicação e comprometimento.
Tem dias que o tempo vai estar frio ou você vai estar muito cansada ou mesmo com algum problema pessoal, somos humanos e não máquinas.
Porém em todos esses dias difíceis eu tento pensar dos motivos que me levam a fazer o que eu faço, dos meus objetivos, do que eu quero conquistar.
Isso me dá força e motivação pra sair da cama e fazer o melhor que eu puder.
Na Travessia do Canal de Ilhabela você venceu a prova registrando o tempo recorde de 34 minutos. Como você trabalha a mente nestes momentos de desafio?
Nós atletas das maratonas aquáticas temos que estar preparados pra qualquer tipo de condições de prova.
Nenhuma prova é igual à outra, mesmo sendo no mesmo local. A interferência do clima é intensa nesse esporte.
Eu particularmente gosto de nadar em água fria e costumo me sentir muito bem quando a temperatura da água esta entre 20 e 24 graus.
Quando as condições são adversas, isso é sentido por todos os atletas, os fatores externos não podemos controlar, mas podemos lidar com eles deforma que não nos afetem negativamente.
Perder ou ganhar faz parte da vida não somente dos atletas, mas de todos os seres humanos. Você costuma dizer que uma das provas mais marcantes em sua vida foi uma na qual ‘nada deu certo’. Conte-nos qual foi essa prova e nos dê os detalhes daquele dia e como aquele sofrimento forjou a atleta e a pessoa Betina Martins Lorscheitter.
Sim, a prova mais marcante pra mim foi uma prova que valia a vaga para o Panamericano de 2015 e eu falhei.
Nada deu certo naquele dia e por mais que tivesse lutado até o fim contra a correnteza do local eu não consegui a vaga.
Foi mais decepcionante ainda pelo fato de ter deixado o Brasil com apenas uma representante no feminino para a competição.
Mas aprendi muito com essa prova e o mal resultado me deu muito mais força pra algumas semanas depois conseguir a vaga para o campeonato mundial de Kazan.
Eu fui com tudo para aquela disputa que iria definir a seleção brasileira para representar o Brasil na competição mais importante do ano.
Essa força ‘extra’ veio do sentimento de frustração que vivenciei, e não queria de jeito nenhum sentir de novo.
É muita responsabilidade ter um ídolo como Maria Lenk, única mulher do país a ter o seu nome no Swimming Hall of Fame, em Fort Lauderdale, Flórida. Você comentou certa vez que seu sonho é chegar como ela, aos 90 anos com o mesmo amor pela natação que tem hoje. Como é a ‘magia’ deste esporte, sob o seu ponto de vista?
A natação é um esporte muito completo tanto para o corpo quanto pra mente. Nadando você quase consegue se desligar do mundo e estar só com seus pensamento.
Eu nado desde que tenho as minhas primeiras lembranças, na infância era só diversão depois se tornou a minha profissão.
Eu sei que a carreira de atleta profissional um dia acaba, mas a natação, tenho certeza que continuará na minha vida pra sempre.
Essa é a magia desse esporte, você é literalmente envolvido por ele!
Para quem gosta é mais do que um esporte, é um estilo de vida. No caso das águas abertas ainda mais, por você estar diretamente em contato com a natureza.
Maria Lenk contava que, junto com outros 68 atletas da equipe brasileira, custearam a viagem para competir nas Olimpíadas de Los Angeles em 1932 vendendo o café que levaram no porão do navio. Competir como amador e vencer como profissional, no esporte e na vida. Seria essa a lição deixada por ela?
Acredito que sim. Muitas vezes nós profissionais estamos tão focados em competir que acabamos perdendo um pouco esse espírito que a galera do amador tem: do prazer em simplesmente nadar e contemplar a beleza desse esporte e do ambiente.
Também por isso eu gosto tanto de competir em provas amadoras, porque o contato com eles nos lembra que tem muita coisa além de chegar em primeiro lugar.
Betina, qual é a sua braçada perfeita?
A braçada perfeita pra mim será aquela que me colocará nas próximas olimpíadas.
Esse é, e sempre foi, meu grande sonho e objetivo no esporte.
Desde quando eu comecei a nadar pensava em representar o meu país nos jogos olímpicos e ainda acredito muito nisso!
A natação como fator agregador de físico, alma e conquistas:
A natação me faz muito bem, tanto para o meu corpo quanto pra minha mente.
Aprendi muito em todos esses anos, os valores do esporte me formaram e fazem parte do que eu sou com pessoa hoje.
As pessoas que eu conheci e as oportunidades incríveis que já tive só me fazem sentir muita gratidão por esse esporte.
Principal objetivo a ser alcançado?
Jogos olímpicos de Tóquio 2020.
O diferencial entre o esporte amador e o profissional?
O amador vive muito mais o prazer de estar praticando o esporte.
Para o profissional muitas vezes não é prazeroso, por mais que amamos o que fazemos, você não para com a dor ou com o cansaço, você vai até o limite, passa longe da sua zona de conforto em busca do seu objetivo profissional.
Uma lembrança marcante?
A primeira vez que eu bati um recorde nacional na categoria infantil na prova dos 400m livre.
Eu tinha 14 anos e me lembro até hoje do locutor anunciando meu feito e meu nome no microfone enquanto eu saia da piscina.
Olhava pra arquibancada e via meu técnico e meus colegas de equipe vibrando muito.
Foi um momento muito empolgante e feliz, acho que foi ali que tive a certeza de que era o que eu queria fazer da minha vida por muitos anos: ser atleta, vencer, me desafiar e quebrar recordes.
Porque nadar é possível para todos?
Porque só depende de você. É um esporte individual que depende da sua força de vontade, dedicação e disciplina.
É um esporte que exige bastante do seu corpo, mas não descrimina ninguém. Basta querer e começar de acordo com suas limitações técnicas.
Perfil Betina Lorscheitter
– Nome completo: Betina Martins Lorscheitter
– Idade: 27 anos
– Data e local de Nascimento: 10 de junho de 1990, em Porto Alegre (RS)
Melhores marcas na carreira
- Campeã Brasileira de Maratonas Aquáticas – 2015
- 4ª Lugar Copa do Mundo FINA – Portugal – 2015
- Vice-Campeã Sul-Americana de Maratonas Aquáticas – Paraguai – 2016
- Vice-Campeã Brasileira de Maratonas Aquáticas – 2016
- 19ª Lugar CAMPEONATO MUNDIAL – Hungria – 2017
- 3ª Lugar Campeonato Brasileiro de Maratonas Aquáticas – 2017
Nomes de peso no GP Extreme Triathlon
GP GP Extreme Triathlon
O GP Extreme Triathlon, evento com patrocínio da Mormaii, ganha cada vez mais adeptos por se tratar de uma prova que atende diversos públicos.
Um dos segredos é o fato de ser a única série de eventos de triathlon da América do Sul com a distância 1000 metros de natação, 100 km de ciclismo e 10 km de corrida.
Seja para quem está iniciando na distância ou quem está migrando para percursos mais longos, o calendário do GPX serve como opção para todos os tipos de competidores.
Triatletas de renome e circuitos incríveis
Isso fica claro com a confirmação de muitos nomes de peso para a primeira etapa do ano, que acontecerá entre os dias 3 e 4 de março, na cidade de São Carlos, interior de São Paulo.
Campeão da etapa em 2017, Marcus Fernandes já vivenciou as melhores opções do percurso do Parque Eco-Esportivo Dahma.
O local considerado um dos melhores percursos para a realização de provas de triathlon no país.
A largada dos 1000 metros de natação é feita nas calmas águas do Lago do Chibarro.
Em seguida, os triatletas partem para encarar os 100 km de ciclismo em uma pista dupla totalmente fechada nas vias internas do parque, mesmo local da corrida.
Além de Marcus Fernandes, estão confirmados no evento Henrique Siqueira, campeão da edição de 2016 do GPX São Carlos.
Rafael Farnezi, vencedor do GPX João Pessoa, em 2017; Paulo Manzani e Antonio Mussi Jr.
Mulheres com força total
Entre as atletas confirmadas na categoria Feminino, o grande destaque vai para Sandra Soldan.
A carioca representou o Brasil nas Olimpíadas de 2000, em Sidney (AUS), e 2004, em Atenas (Grécia) e fará sua estreia na distância 1000/100/10.
Chegando a sua nona edição em São Carlos, o GPX retorna ao palco que deu início as provas da marca.
Desde 2010 na cidade do interior paulista, o GP Extreme Series cresceu e atualmente, além de passar por São Carlos, acontece em mais três cidades das regiões Sul e Nordeste:
- João Pessoa – PB (abril)
- Penha – SC (setembro)
- Natal – RN (setembro)
Inscrições estão abertas para as provas Extreme, Sprint e Duathlon
Restando duas semanas para a nona edição do GP Extreme São Carlos as inscrições para a etapa seguem abertas para as seguintes modalidades:
Extreme (1000/100/10)
Sprint (750 m de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida)
Duathlon (5 km de corrida, 20 km de ciclismo e 2,5 km de corrida)
Allan do Carmo em mais um ciclo olímpico de natação
Por Giovana de Paula para o blog Mormaii Natação
Allan do Carmo em mais um ciclo olímpico de natação
O baiano Allan do Carmo treina forte para dar aquela ‘apimentada’ nas competições
Mas afinal, o que é que a Bahia tem?
O estado nos presenteou com Allan do Carmo e Ana Marcela, duas grandes esperanças de continuarmos a obter excelentes resultados na modalidade.
Baiano de Salvador, Allan realiza mais um ciclo olímpico, visando agora, Tokyo 2020.
Ele já participou de duas olimpíadas: Pequim 2008 e no Rio de Janeiro 2016.
Anteriormente, Allan do Carmo não havia obtido o índice para competir em Londres e, segundo ele conta em entrevista exclusiva à coluna Braçada Perfeita, esta foi uma de suas mais duras lições. “Dali, tive de me refazer”.
Entrevista
Acompanhe na sequência, mais detalhes de nossa conversa com o baiano Allan do Carmo.
Preparo físico, confiança e motivação. Como um bom baiano, qual o tempero que não pode faltar à sua natação? Qual é a ‘pimenta’ que você coloca na água?
Treino! Sem ele não preparo físico, nem confiança e motivação para poder da aquela ‘apimentada’ nas competições.
Allan, o acarajé, é uma comida ritual da orixá Iansã. Na África, na língua iorubá, é chamado de “àkàrà”, que significa “bola de fogo”, enquanto que “jê” possui o significado de “comer”. No seu caso, cite as principais “bolas de fogo” que você teve que transpor para chegar ao nível que você atingiu.
Muitas “bolas de fogo” foram superadas na minha vida esportiva.
Mas a principal foi, depois de ter ficado de fora dos jogos Olímpicos de Londres.
Ter que me reerguer para conseguir a classificação, da melhor forma possível, para as Olimpíadas do Rio.
Como você lida com a questão religiosa para se manter tranquilo durante uma prova com duração de horas?
Sou católico de criação e espiritualista. Tenho minhas crenças e nunca deixo de fazer minha oração junto ao meu treinador antes de entrar na água.
Abordando um pouco o seu treinamento, você ainda continua nadando, em média, 80 km por semana, e muitas vezes puxando o bote com o seu treinador, com cerca de 122 kg no total? Você ainda faz este tipo de treinamento para aliar força e resistência?
Esse é um tipo de treinamento que ainda usamos em algumas fases de desenvolvimento, normalmente realizado no mar, como forma de introduzir um trabalho de força e resistência durante o treino.
E como são trabalhados os aspectos técnicos? Quais exercícios você destaca que contribuíram para sua evolução? Quais destes são os que você não pode ‘nem sonhar’, pois foram extremamente difíceis para você?
No geral, fazemos um trabalho de muito volume de treino durante a semana e os aspectos técnicos são um trabalho mais específico, conforme as minhas deficiências identificadas durante os treinamentos. O que eu tenho maior dificuldade e que exigem muita atenção são os exercícios para o quadril e o ombro, que são as áreas nas quais sempre necessito ter um reforço extra.
Daí você olha para o mar, uma maré muito forte. Assim foi a prova da Travessia do Canal de Ilhabela no ano passado. Você venceu os pouco mais de 3 kilômetros da prova com o tempo 31’55’’. Como você se prepara mentalmente para estes desafios?
São muitos anos de vivência nesses tipos de prova. Quando me deparo com uma prova organizada e com uma boa estrutura, já passa uma tranquilidade maior para o atleta. Já ter nadado provas de 5k, 10k e 25 k faz com que eu não me assuste tanto com uma prova de 3k.
Como um atleta iniciante deve se preparar para se manter calmo na prova?
Fazendo um trabalho de mentalização da prova, imaginando-se fazendo todo o percurso, passando boia por boia até a chegada. Essa é uma das formas que utilizo para me sentir mais calmo antes de uma prova mais tensa.
Em uma definição, “atleta é o guerreiro moderno. Quais as bases que o “homem” Allan do Carmo traz do “atleta” Allan do Carmo?
Muitas. Minha educação e experiência de vida vieram todas através do esporte com muita disciplina, comprometimento e abdicação. Então, levo muito em mim, para o aspecto pessoal, essa raiz do “atleta” Allan do Carmo.
Allan, qual é a sua ‘braçada perfeita’?
Vou completar em 2018, nada menos que 21 anos de natação. Aquele menino que abandonou o judô em detrimento à natação, nem de longe sonhava com o Allan de hoje. Nem imagino o que eu diria para o “Allanzinho”… Onde errei? Onde acertei? No meu início tudo era como uma brincadeira, uma forma de diversão. Até que chegou a um ponto no qual eu tive uma oportunidade de sentir o que é ser um atleta e poder sonhar como um atleta. Eu já cheguei a errar muito, mas encarei tudo como um aprendizado para minha vida, tentando me superar, sempre. Então não mudaria nada do que foi feito até aqui.
Principal objetivo a ser alcançado?
Hoje é completar mais um ciclo olímpico, chegando a Tokyo em 2020!
O diferencial entre o esporte amador e o profissional?
O rico nível de detalhes no esporte profissional, que fazem a diferença. Então, temos que ser detalhistas em todos os sentidos: alimentação, treino, descanso e todos os tipos de situações que possam interferir em nosso rendimento esportivo.
Uma lembrança marcante:
Medalha de bronze obtida nos Jogos Panamericanos no Rio em 2007, na praia de Copacabana, super lotada.
Perfil
- Nome completo: Allan Lopes Mamédio do Carmo
- Idade: 28
- Data e local de Nascimento: Salvador, 3 de agosto de 1989
Melhores marcas na carreira
- Campeão do circuito mundial em 2014
- Vice-campeão do circuito mundial em 2009, 2015 e 2017
- Medalha de bronze (10 km) nos Jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio
- Medalha de ouro (5 km) nos Jogos Sul-Americanos de 2006 em Buenos Aires
- Medalha de ouro (10 km e revezamento misto) nos Jogos Sul-Americanos de 2014 em Santiago
- Vice-campeão (revezamento misto) mundial em 2015
- 3° colocado (revezamento misto) no mundial em 2013
Dicas GP Extreme Triathlon | Vamos Falar de Transição
A próxima etapa do GP Extreme Series Triathlon acontece dia 03 de março em São Carlos (SP), com patrocínio da Mormaii.
Na última matéria, explicamos para você como funciona esse evento incrível.
Por isso, chegou a hora de partirmos para algumas dicas técnicas.
Vamos falar da transição no triathlon
Quando falamos de treinamentos para triathlon a primeira coisa que vem à cabeça são as rodagens previstas para natação, corrida e bike, não é mesmo?
Muitos atletas seguem à risca a planilha de treinamentos buscando evoluir nas três modalidades que compõe o esporte, mas acabam se esquecendo de um detalhe importante no treinamento: a transição.
Como uma parte tão pequena da prova pode fazer tanta importância no seu resultado final?
Para responder essa e outras perguntas nós consultamos o triatleta Frank Silvestrin, um dos grandes nomes do triathlon de longa distância do país.
1 – Treinamento específico:
Logo de início é preciso que o atleta treine a transição, pois ela é um componente específico da prova.
O treinamento de transição deve ser contemplado nas planilhas de treinamento, especialmente para um atleta iniciante.
Obviamente que existem alguns critérios e o atleta não precisa fazer sempre.
Sugiro que os treinamentos sejam incluídos mais próximos do período de prova.
2 – Montagem e Desmontagem:
Treine a montagem e a desmontagem da bicicleta.
Essa é uma habilidade básica que todo triatleta precisa dominar para estar bem ajustado no dia da prova.
3 – Padalar com sapatilha:
Busque treinar e desenvolver a habilidade de sair pedalando com a sapatilha já presa aos pedais.
Além disso, é importante saber como tirar o pé da sapatilha antes de descer da bike.
4 – Desafivele o capacete
Treine, simule e faça repetições afivelando e desafivelando o capacete da cabeça.
Encontre a melhor posição do capacete sobre o guidão.
5 – Simule o percurso da transição
No dia do evento é importante simular e mentalizar o percurso da transição, desde a saída da água até o local onde estará sua bicicleta.
A coisa mais comum é ver triatletas perdidos dentro da área de transição procurando e perdendo tempo para encontrar a bike.
Frank Silvestrin faz parte do grupo de atletas da Mormaii e ao longo de sua carreira conquistou diversos títulos e resultados expressivos, entre eles o de campeão do GP Extreme Penha 2017.
Aliás, se você ainda não garantiu presença em uma das provas do calendário GP Extreme, corra, pois ainda dá tempo!
Programe-se
Encare o desafio com 1000 m de natação, 100 km ciclismo e 10 km de corrida.
GP Extreme São Carlos – 03 de março
GP Extreme João Pessoa – 07 de abril
GP Extreme Penha – 16 de setembro
GP Extreme Natal – 23 de setembro
Quanto Vale um Sonho? Jorge Fonseca responde
Jorge Fonseca é um dos mais prestigiados atletas da equipe brasileira de paratriathlon.
Para tingir seus objetivos, e competir nas Olimpíadas de Tókio 2020, ele não poupa esforços, com muita garra e determinação.
“Quanto vale um sonho? Eu não sei, mas estou disposto a pagar para ver!
Minha rotina é intensa, muitas horas dedicadas a ele, abrindo mão de muitas coisas, inclusive ficar longe da minha família.
Eu sei que vale a pena, por isso me dedico.
Para todos aqueles que me apoiaram até hoje e que torcem por mim, segue uma mostra de minha rotina.
Estaremos juntos em Tókio 2020 e Paris 2024”, garante.
A seguir, você assiste um vídeo com a rotina do triatleta Jorge Fonseca.
Recorde duplo para Léo de Deus
O Brasil sedia pela primeira vez o Campeonato Mundial de Natação Militar, que iniciou nessa terça-feira (12/12) e está sendo realizado nas instalações dos Jogos Olímpicos Rio 2016, situado na Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA), Rio de Janeiro (RJ).
A 49ª edição da disputa promovida pelo Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM) reúne 131 atletas de 12 países: Brasil, Alemanha, Canadá, França, Índia, Iraque, Luxemburgo, Polônia, Rússia, Sri Lanka, Suíça e Ucrânia.
Leonardo de Deus começou o evento voando baixo, com direito a dois recordes mundiais militares.
O primeiro veio com a vitória nos 200m borboleta, no tempo de 1:55.61.
Já o segundo foi conquistado em equipe, no revezamento dos 4x200m livre, com o tempo de 7:17.92.
O campeonato é organizado pelos Ministérios da Defesa e do Esporte, em conjunto com a Comissão Desportiva Militar do Brasil (CDMB) e da CDA.
O objetivo é impulsionar a preparação dos atletas militares de alto rendimento para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.
Fique ligado no site da Mormaii para mais novidades e conteúdos sobre a prova.
[Fotos: Sátiro Sodré]
Brasil faz a festa no Rei e Rainha do Mar
O Circuito Rei e Rainha do Mar movimentou a orla carioca no fim de semana dos dias 09 e 10 de dezembro.
Mais de quatro mil pessoas de 16 estados participaram das disputas de beach run (corrida na areia), beach biathlon (corrida e natação) e diferentes distâncias de natação em águas abertas.
A manhã de sábado, dia dos atletas amadores, começou com névoa, mas logo o sol brindou quem estava na Praia de Copacabana.
No domingo, foi a vez das provas de stand up paddle e da elite da natação.
Na última competição da carreira de Poliana Okimoto, única nadadora do país a ter uma medalha olímpica, a equipe brasileira venceu o Desafio Elite Rei e Rainha do Mar, levantando a galera na areia.
Além de Poliana, o time contou Allan do Carmo, Ana Marcela Cunha e Fernando Ponte.
O Desafio Rei e Rainha do Mar deste ano teve algumas novidades.
Saíram as duplas, entraram os quartetos.
O Brasil teve duas equipes: a amarela, formada por Allan do Carmo, Poliana Okimoto, Ana
Marcela Cunha e Fernando Ponte.
E a verde, composta por Léo de Deus, Betina Lorscheitter, Viviane Jungblut e Guilherme Costa.
Os desafiantes foram as equipes da África, das Américas e da Europa.
Cada atleta nadou duas voltas de 350 metros, além de correr um trecho na areia.
As duas equipes brasileiras e o time europeu se alternaram na liderança.
Poliana conseguiu duas ótimas voltas e, nos últimos 350 metros, coube a Ana Marcela a responsabilidade de fechar a prova.
Com calma, ela pulou na frente e, com um sprint final, conseguiu a vitória.
A outra equipe do Brasil ficou em segundo, fechando uma dobradinha clássica, deixando para trás o time europeu, africano e a equipe das Américas.
Poliana Okimoto fechou sua vitoriosa carreira, que ficou marcada pela incrível bronze nas Olimpíadas do Rio 2016, a primeira de uma atleta brasileira nas águas abertas.
A Mormaii parabeniza Poliana Okimoto, os organizadores do Rei e Rainha do Mar e todos que brilharam no maior festival de esportes de praia do Brasil.
Mais um dia incrível no Rei e Rainha do Mar
A previsão era de chuva, mas a estrela dos reis e rainhas do mar brilhou mais alto e o sol apareceu para aquecer o coração dos competidores durante o maior festival de esportes de praia do Brasil.
A tônica do dia era a água gelada que fazia em Copacabana, nesse sábado, 09 de dezembro, uma tradição no final de ano carioca que não surpreendeu a organização, apesar dos 16 graus de temperatura no mar.
Mas a galera se deu bem pois os wetsuits Mormaii estavam em toda parte, aquecendo e melhorando a performance dos competidores com sua excelente capacidade térmica e de flutuação.
Quem também marcou presença foram os super atletas Allan do Carmo e Poliana Okimoto, que nadaram junto com a galera.
As provas de 1km no Sprint; 2,5km no Classic; 5km no Challenge e 10k no Super Challenge fizeram a cabeça dos participantes.
Já para aqueles que preferem correr, as opções de 2,5km e 5km foram a pedida.
Para os amantes dos dois, o Beach Biathlon foi a dica perfeita – 1km de natação seguido por 2,5km de corrida na areia.
Sem esquecer das disputas kids, que agitaram a garota e revelaram grandes talentos e personalidades.
Amanhã, no domingo, a atividade fica por conta da galera do SUP, que pode escolher entre 2km, 4km e 8km.
Domingo teremos a disputa da nona edição do Desafio Elite do Rei e Rainha do Mar.
Em ação grandes nomes internacionais da natação de águas abertas.
Um evento dinâmico com vários tiros curtos de 400 metros.
No papel, o Brasil Amarelo é o mais forte.
A equipe conta com a única medalhista olímpica do desafio: Poliana Okimoto, bronze nos Jogos do Rio-2016 e que vai anunciar sua aposentadoria da natação competitiva logo após o término do evento.
O time tem ainda a melhor nadadora do mundo em 2017, Ana Marcela Cunha, que em Budapeste tornou-se tricampeã mundial nos 25 km e ainda levou outros dois bronze nos 5 km e 10 km.
Os homens também não ficam atrás.
O time conta com Allan do Carmo, campeão mundial em 2014; e Léo de Deus, bicampeão Pan-Americano e semi-finalista olímpico.
Uma equipe de respeito que merece sua torcida.
Então fique ligado nas redes da Mormaii e no Esporte Espetacular, que transmitirá ao vivo de Copacabana, a partir das 11h da manhã.
Os Reis e Rainhas do Mar estão prontos pro Desafio
A Praia de Copacabana voltará a ser o palco do maior festival de esportes de praia do Brasil, nos dias 09 e 10 de dezembro.
A última etapa do Rei e Rainha do Mar promete agitar o Rio de Janeiro com as provas de 1km no Sprint; 2,5km no Classic; 5km no Challenge e 10k no Super Challenge.
Já para aqueles que preferem correr, há as opções de 2,5km e 5km de corrida na areia.
Para os amantes dos dois, há o Beach Biathlon – 1km de natação seguido por 2,5km de corrida na areia.
Já no domingo, o dia fica por conta da galera do SUP, que pode escolher entre 2km, 4km e 8km.
E ainda tem a versão kids de natação e Beach Run.
Assista ao vídeo a seguir, confira os 10 motivos para participar do Rei e Rainha do Mar e entre no clima do maior festival de esportes de praia do Brasil.
10 Motivos para participar do Rei e Rainha do Mar:
1. Maior festival de esportes de praia do Brasil;
2. Belas travessias em uma das praias mais bonitas do Brasil;
3. Referência para toda família com um ambiente divertido, único e acolhedor;
4. 100% nacional e inovador, com objetivo de atender aos atletas da melhor forma possível;
5. Preocupação com responsabilidade ambiental e inclusão social;
6. Segurança na areia e no mar;
7. Grande oportunidade para você se auto desafiar;
8. Diversas provas a sua escolha;
9. Todos participantes ganham medalha;
10. Ótima oportunidade para fazer amigos e praticar o espírito esportivo.
A Mormaii convida você para Rei e Rainha do Mar
A Praia de Copacabana voltará a ser o palco do maior festival de esportes de praia do Brasil.
A última etapa do Rei e Rainha do Mar promete agitar o Rio de Janeiro, dias 09 e 10 de dezembro.
No sábado, para quem gosta de nadar no mar, as opções de provas são: 1km no Sprint, 2,5km no Classic, 5km no Challenge ou 10k no Super Challenge.
Já para aqueles que preferem correr, tem as opções de 2,5km e 5km de corrida na areia.
Para os amantes dos dois, há o Beach Biathlon – 1km de natação seguido por 2,5km de corrida na areia.
No domingo, o dia fica por conta da galera do SUP, que pode escolher entre 2km, 4km e 8km.
E ainda tem a versão kids de natação e Beach Run.
Elas serão destinadas às crianças que tenham de 5 a 13 anos.
As inscrições vão até dia 04 de dezembro, clique aqui e garanta a sua.
Garanta sua Inscrição no Rei e Rainha do Mar 2017
Nos dias 9 e 10 de dezembro, a Praia de Copacabana voltará a ser o palco do maior festival de esportes de praia do Brasil.
A última etapa do Rei e Rainha do Mar promete agitar o Rio de Janeiro e as inscrições estão abertas!
No sábado, para quem gosta de nadar no mar, as opções de provas são: 1km no Sprint, 2,5km no Classic, 5km no Challenge ou 10k no Super Challenge.
Já para aqueles que preferem correr, tem as opções de 2,5km e 5km de corrida na areia.
Para os amantes dos dois, há o Beach Biathlon – 1km de natação seguido por 2,5km de corrida na areia.
Já no domingo, o dia fica por conta da galera do SUP, que pode escolher entre 2km, 4km e 8km.
E ainda tem a versão kids de natação e Beach Run.
Elas serão destinadas às crianças que tenham de 5 a 13 anos.
Já as provas adultas serão somente para atletas com 14 anos completos até 31 de dezembro de 2017.
Para esta edição foi criada a opção Combo Família Real do Mar, aonde os adultos podem se inscrever junto a criançada, garantindo descontos exclusivos na inscrição simultânea de toda a família.
As inscrições vão até dia 04 de dezembro, clique aqui e garanta a sua.
E aí, qual desafio você vai encarar?