Mike e Ian quebrando no WCT em Saquarema
Os brasileiros começaram a todo vapor na terceira fase do WCT em Saquarema, etapa do Championship Tour que acontece na Região dos Lagos (RJ).
Nesta terça, o swell ganhou ainda mais pressão e algumas ondas ultrapassam os 2,5 metros nas séries.
Depois das vitórias de Michael Rodrigues e Tomas Hermes no Round 2, os surfistas voltaram ao outside para o round 3 da etapa.
Apesar de muitas fechadeiras, alguns tubos fizeram a alegria do público e os brasileiros já começaram com tudo.
Ian Gouveia
Na primeira bateria da terceira fase, Ian Gouveia fez bonito diante do sul-africano Jordy Smith, vencendo a batalha por 14.26 a 10.90 pontos.
Em sua melhor onda, o pernambucado criado em Florianópolis pegou um belo tubo de backside e acertou uma batida numa junção pesada, arrancando 9.93 dos juízes.
A nota foi a maior da competição até aqui e coclou Ian sob os holofotes da mídia e no radar dos outros competidores.
Michael Rodrigues
O cearense Michael Rodrigues levou um sufoco tomando várias séries na cabeça em sua bateria na terceira fase do WCT em Saquarema.
Mas manteve a calma e achou boas ondas para mostrar toda a versatilidade do seu surf.
A bateria começou forte, com Michael recebendo nota 7,27 em sua primeira onda e o português Frederico Morais respondendo com 8,17 em um belo tubo.
Só que depois ele não conseguiu surfar nenhuma outra onda boa e o brasileiro ainda somou um 6,43 de um aéreo para vencer por 13,70 a 11,07 pontos.
“Foi uma manhã difícil pra mim, fui esmagado por algumas ondas, mas agora me sinto bem melhor e pronto para as próximas”, disse Michael Rodrigues.
“Hoje (terça-feira) aqui está muito parecido com Floripa, com esse tipo de vento e tipo de onda. Essa minha prancha nem é muito boa para dar aéreo, mas trabalhou bem, está boa para tubo, manobras e aéreo, então estou feliz por ter escolhido ela e ter dado tudo certo”.
Terceira fase
1 Ian Gouveia (BRA) 14.26 x 10.90 Jordy Smith (AFR)
2 Michael Rodrigues (BRA) 13.70 x 11.07 Frederico Morais (POR)
3 Filipe Toledo (BRA) 6.90 x 6.37 Keanu Asing (HAV)
4 Kolohe Andino (EUA) 12.40 x 2.57 Willian Cardoso (BRA)
5 Kanoa Igarashi (JAP) 12.84 x 11.40 Griffin Colapinto (EUA)
6 Julian Wilson (AUS) 9.34 x 8.94 Alejo Muniz (BRA)
7 Gabriel Medina (BRA) 13.10 x 12.64 Mikey Wright (AUS)
8 Sebastian Zietz (HAV) 14.27 x 9.17 Tomas Hermes (BRA)
9 Ezekiel Lau (HAV) 8.33 x 7.44 Adrian Buchan (AUS)
10 Yago Dora (BRA) 10.56 x 9.70 Italo Ferreira (BRA)
11 Wade Carmichael (AUS) 13.30 x 12.67 Jeremy Flores (FRA)
12 John John Florence (HAV) 17.97 x 8.26 Miguel Pupo (BRA)
Quarta fase
1 Ian Gouveia (BRA), Michael Rodrigues (BRA) e Filipe Toledo (BRA)
2 Kolohe Andino (EUA), Kanoa Igarashi (JAP) e Julian Wilson (AUS)
3 Gabriel Medina (BRA), Sebastian Zietz (HAV) e Ezekiel Lau (HAV)
4 Yago Dora (BRA), Wade Carmichael (AUS) e John John Florence (HAV)
Melhores momentos
Ataque de tubarão cancela etapa do WCT
Vitória de Michael Rodrigues
Michael Rodrigues venceu o round 2 e avançou em Margaret River, terceira etapa do WCT 2018 que acontece no oste australiano entre os dias 11 e 22 de abril.
O cearense passou em primeiro contra o japonês Kanoa Igarashi com o total de 14.34 contra 13.27, mostrando seu power surf nas ondas pesadas do Main Break.
Ataque de tubarão
Na madrugada desta segunda, o Margaret River Pro, que corria com o evento feminino, chegou a ficar paralisado por 15 minutos devido a um ataque de tubarão em Cobblestones, uma direita próxima a North Point e cerca de 20km distante do Main Break, onde as baterias rolavam.
Era o começo do dia e os organizadores decidiram continuar o evento, que correu sem sobressaltos.
Entretanto, horas depois, já no final da tarde, um outro ataque foi registrado em Lefthanders, um pico bem próximo a Cobblestones.
No primeiro ataque, um surfista australiano na faixa dos 30 anos que não teve seu nome divulgado foi derrubado da prancha por um tubarão e defendeu-se com socos – segundo o fotógrafo Peter Jovic, que presenciou o ataque, a cena foi similar à de Mick Fanning em Jeffreys Bay, em 2015.
Incrivelmente, o surfista, sem a prancha, que foi mordida pelo tubarão, conseguiu escapar ao surfar de peito uma onda até a beira.
Na areia, ele recebeu os primeiros socorros nos ferimentos sofridos, que foram fundamentais para evitar consequências mais graves.
Ele foi encaminhado a um hospital da cidade de Gracetown e foi submetido a procedimentos cirúrgicos.
Ainda não se sabe quais as consequências, mas ele não corre risco de morte.
A vítima do segundo ataque foi um surfista de 41 anos nativo do oeste australiano.
Testemunhas afirmaram tratar-se um tubarão branco de pelo menos quatro metros.
Ele não percebeu que a área estava fechada (devido ao primeiro ataque) e entrou mesmo assim.
O tubarão atacou sua prancha e os ferimentos foram bem mais leves que os do surfista atacado pela manhã.
Uma carcaça de baleia avistada em uma praia da região pode ser parte da explicação para os ataques no mesmo dia.
Além da ameaça à segurança dos surfistas, os acontecimentos podem ter um impacto negativo para as empresas de turismo da região, que são alguns dos principais apoiadores dos eventos da WSL.
Comunicado WSL
“A WSL continua avaliando a situação atual em Margaret River Pro, onde ocorreram dois incidentes com tubarões confirmados perto de Gracetown nas últimas 24 horas.
Nós agimos com nossos protocolos de segurança bem estabelecidos e estamos reunindo as informações mais recentes para determinar os próximos passos.
Continuaremos a colaborar com todos os envolvidos, principalmente os surfistas.
A segurança de todos continua sendo primordial.
A competição de hoje (terça-feira na Austrália Ocidental) já foi cancelada e todos os surfistas foram aconselhados a não surfar na área.
Estamos constantemente avaliando a situação e atualizaremos a todos o mais breve possível”, avisa a World Surf League através de um comunicado.
Michael Rodrigues na água
Michael Rodrigues não se intimidou e foi pra água treinar no Main Break. juntamente com outros tops, conforme imagens abaixo produzidas pelo canal Woohoo.
Fiquem ligado para mais novidades e conteúdos sobre a prova.
Michel Rodrigues comenta sobre sua estreia no WCT 2018
Michael Rodrigues é WCT
A classificação do cearense Michael Rodrigues foi aquele famoso momento buzzer beater, ou seja, no anúncio da sirene – em outras palavras, o que o pessoal do futebol chama de: “aos 45 do segundo tempo”.
O WQS já havia se encerrado e Mike ainda não sabia se estaria dentro da elite em 2018.
Mas o americano Kanoa Igarashi garantiu a reclassificação pelo WCT e abriu mais uma vaga para o Qualifying Series.
Michael estava em primeiro na fila e realizou o sonho de uma vida de treinos e muita dedicação.
M-Rod
Seu shaper, o renomado Matt Biolos, já afirmou publicamente que “M-Rod” é um dos talentos com o surf mais afiado dessa leva de novos atletas no CT.
Em matéria especial, a Surfing Magazine afirmou: “Michael Rodrigues é um surfista brasileiro extremamente respeitado pelas suas atuações no QS, mas que ainda é pouco conhecido fora do seu país. Ele tem todo o arsenal de rotações necessário, um snap de frontside devastador e a típica garra brasileira. Seu shaper, Matt Biollos, tem o chamado de o melhor surfista no QS do mundo”.
O cearense fará sua estréia em breve, na famosa Snapper Rocks, na abertura do Circuito Mundial.
O evento acontece entre os dias 11 e 22 de março, na Gold Coast, estado de Queensland, Austrália.
Enquanto o show não começa, conheça um pouco mais sobre Michael Rodrigues neste episódio da série Novatos, produzida pela Moist, Multimídia Líquida.
Tainá Hinckel e Mike Rodrigues quebrando na Austrália
Tainá Hinckel brilhando
Mike Rodrigues e Tainá Hinckel roubaram a cena no QS6000 de Newcastle, Austrália, no dia de ontem.
O evento acontece nas ondas de Merewether Beach, na Austrália.
No feminino, foram realizadas quase três rodadas completas e a grande surpresa foi a jovem Tainá Hinckel.
Na semana passada, ela sofreu um acidente enquanto treinava, precisou tomar pontos internos e externos, mas parece ter se recuperado bem, pois competiu três vezes na quinta-feira.
A catarinense estreou na primeira bateria do dia e passou em segundo lugar na disputa vencida por Stephanie Single.
Encarando as tops
Na segunda fase, Tainá Hinckel venceu sua bateria batendo uma ex-top do CT, Alessa Quizon, com a havaiana passando em segundo lugar.
Depois, encarou outra estrela da elite mundial, Tatiana Weston-Webb.
A havaiana confirmou o favoritismo, mas Tainá ganhou a briga pela segunda vaga da outra cabeça de chave da bateria.
Agora, a catarinense de apenas 14 anos de idade, vai encarar mais duas tops do CT na quarta batalha por vagas nas oitavas de final.
Ela terá pela frente a havaiana Malia Manuel e a norte-americana Sage Erickson.
Mike Rodrigues decolando
Mike, atual WCT, entrou direto no Round 2 e passou em segundo sua bateria contra o australiano Cooper Chapman.
No Round 3, mais um time de aussies pela frente, e Mike avançou em segundo novamente, deixando o top do WCT Matt Wilkinson para trás.
Foi quando no Round 4, o cearense voou para alcançar dois high scores e fazer o maior somatório e a maior nota do evento até aqui.
Com um 8.27 e um 9.80, Mike atingiu 18.07 pontos e cravou sua passagem para o Round 5 mostrando que não está para brincadeiras, conforme você assiste no vídeo a seguir.
A prova tem transmissão ao vivo pela WSL.
Fique ligado no site da Mormaii para mais conteúdos e novidades sobre Mike Rodrigues e Tainá Hinckel na Austrália.
[Fotos: WSL/Tom Bennett]
WSL e as boas vindas para Mike Rodrigues
O site da WSL produziu uma matéria irada sobre Michael Rodrigues e sua estreia no WCT 2018.
Nas linhas a seguir, você acompanha alguns dos melhores momentos da reportagem, traduzidos para o português:
Com a palavra, WSL
Para quem não sabe, Michael Rodrigues começou surfando quando ainda era criança e foi fisgado instantaneamente.
“Eu tinha 7 anos de idade e morava próximo a uma escolhinha de surf, então não tive como ficar longe do surf”, declara.
Entre os títulos em sua carreira competitiva estão os de Campeão Brasileiro Júnior (2011), Campeão Brasileiro Open (2012) e Campeão Mundial do ISA Games (2013).
Apesar de passar um pouco desapercebido pela grande mídia internacional, seus aéreos explosivos e manobras de borda com pressão chama a atenção aonde passa.
Durante os últimos 3 anos ele esteve determinado a fazer o seu melhor para entrar no WCT.
Morando em Florianópolis, o surfista de 22 anos trabalha duro, com muito foco e fé em Deus, para alcançar seus objetivos.
As batalhas do QS
Assim como Ian Gouveia, a maior parte dos pontos necessários para atingir sua classificação vieram de dois excelentes resultados durante a perna europeia do QS, especialmente Espanha e Azores.
“Eu amo competir aqui, é sempre muito bom”, disse ele na Espanha.
“Eu preciso vencer um desses, é desapontador ficar em segundo novamente, mas é um excelente resultado e estou ansioso pelos próximos eventos. Perder com a maior nota da bateria não é fácil, mas é assim que as coisas são”.
Ao longo de seis dias ele alcançou incríveis 9 mil pontos e em menos de uma semana pulou da 28ª colocação para 10º.
Pressão no Hawaii
Infelizmente um final florido não aconteceu no Hawaii, ele ficou em 17º no evento de Haleiwa e 49º em Sunset.
Com a 11ª colocação no ranking do QS, o primeiro atleta fora da zona de qualificação entre os 10 primeiros, ele passou a precisar de uma ajudinha extra, mais precisamente, pela pessoa de Kanoa Igarashi.
Caso ele garantisse sua vaga pelo ranking do WCT, abriria espaço para Mike.
O californiano colocou sua mágica em Pipeline e fez ainda mais que o necessário.
A classificação de Igarashi pelo CT confirmou Mike Rodrigues como o 5º brasileiro na elite do surf mundial 2018.
Sonho Realizado
Agora o regular foot tem uma chance de mostrar seu arsenal de aéreos explosivos e power surf fluído no grande palco de Snapper Rocks, durante a abertura do Mundial da World Surf League.
Surfar uma point break perfeito de direitas pra abrir sua carreira no WCT?
Agora não é mais um sonho!
[Fotos: Divulgação WSL // Imagens de Vídeo: Kleber Correa e Ian Tavares]
Mike Rodrigues pronto para a nova temporada
Para celebrar a nova temporada que se inicia, onde estreará no WCT, nada como assistir um vídeo de Mike Rodrigues surfando nas ondas de Floripa.
Muitos tubos, aéreos e manobras de borda nos melhores picos da Ilha da Magia.
Aperta o play e sente o peso do estilo que garantiu uma vaga entre os melhores surfistas do planeta.
[Imagens: Daniel Vitor]
A temporada de Fabinho no Hawaii
Dizem que a temporada estava ruim. Ôxe, tava nada!
Ainda no Brasil, na primeira quinzena de novembro, já ouvia relatos de que as ondas não estavam tão boas no North Shore da ilha de Oahu.
Muito swell de norte e vento nordeste prejudicavam as ondas e jogavam areia nas bancadas de Rocky Point e Pipeline.
De certa forma, normal para começo de temporada, mas um pouco mais exagerado, como de costume.
E se jogava areia para os picos citados, no meio da praia de Sunset formou-se um barranco de uns três, quatro metros de altura, comprometendo parte da ciclovia e torre de salva-vidas, que estava em possibilidades de ser removida.
A areia de Pupukea também foi sugada e alguns pares de casas estavam com seus decks e parte de seus esqueletos à vista.
Aterrissei em Honolulu no fim de novembro, na data do evento de Sunset, e logo as ondas ficaram com bom tamanho.
Entrei de “caddie” em uma bateria onde surfaram Ian e Raoni, e eles perderam juntos, infelizmente.
Mas passou Caio Ibelli com um tubão de responsa e foi sem dúvida um belo momento quando Alessa Quizon estava no canal, congratulando-o.
Entrar com duas pranchas e sair pelo quebra-côco forte é chatinho.
Já vi muita gente quebrar duas pranchas reservas ao mesmo tempo na hora da saída.
Não rolou de quebrar prancha ao meio nesta minha saída, mas ao soltar a prancha de Ian próxima à areia, só em terra firme, vi que ali tinha um disfarce, pois a formação rochosa era da mesma cor da areia, e um quebrado na borda foi consumado.
Bateria perdida e prancha lascada. Para Ian, o Pipe Masters seria sua salvação. Seria o resultado que perseguia o ano inteiro.
Antes disso, a animada festa coroava os novos brasileiros no CT 2018. Jessé, Yago, Willian, Tomas Hermes e Michael Rodrigues, que apesar de, ainda sem confirmação àquela altura, tava dentro, como divertidamente estampara os rabiscos de uma camiseta vestida por Ian no dia.
Correria para raspar as cabeças dos calouros sob muita pilha de Willian, mas quem antes entrou na roda foi o “grom” Mateus Herdy.
Deu dó do moleque, mas foi inevitável. Ainda tentei aliviar dizendo pra ele relaxar e curtir, mas lágrimas saíram.
Uns disseram que ficou “bunitin”, mas eu pensei comigo, “Ficou foi fêi que só a bexiga! Acabou todo mundo entrando na roda – técnico, patrocinador, fotógrafo, videomaker e o escambau.
Mas “Tominhas” teve um arrasto de sua esposa Aninha quando viu que a cobra ia fumar pro lado dele e deu no pé… (risos)! Garoto esperto…
O engraçado foi que alguns cabeludos não passaram do portão de entrada do local da festa quando viam a cena de longe ou mesmo pelos lives e stories do Instagram.
Nego deu muita risada e se divertiu à beça. Quiseram passar a máquina em “Fia”, mas disse-lhes que só depois do Pipe Masters, quando o Ian se classificasse.
O mesmo dizia Ian: ”Galera, só depois do Pipe”!
E parecíamos que estávamos prevendo. Não é que o danado virou o jogo aos 45 do segundo tempo?
Ao chegar na terceira colocação, passou para 23. lugar no ranking, sendo o primeiro do corte.
Mas logo veio a confirmação da vaga de convidado para a temporada 2018. E é claro, festejamos com alegria e muita bagunça, com direito a mais cabeças raspadas de quem estivesse por perto.
A disputa pelo título foi eletrizante. Com direito a muitas dúvidas no quesito julgamento da bateria do JJF com Ewing e Gabriel com Kerr.
Só vi o primeiro confronto em vídeo e o segundo ao vivo, no entanto, sem atenção necessária, portanto usei também o vídeo para uma maior análise.
Sinceramente, gostaria muito que o Gabriel tivesse ficado com o título e torcia pra isso, mas ficou difícil palpitar sobre os confrontos.
Aliás, creio que em ambos poderiam ter saído vitoriosos tanto um, quanto o outro. Mas parte dessa minha insegurança em afirmar é pelo quesito “não ver ao vivo ou não ver direito ao vivo”.
Uma coisa é certa: fica difícil avaliar quando não se está ao vivo e em ângulo reto, pois muitas vezes a câmera não mostra o ângulo ideal para a avaliação decente.
Quando Gabriel venceu seu primeiro título, achei que iria emplacar outros em sequência. O que aconteceu, não sei.
Só sei que JJF já vai com o seu segundo, mas, se depender do poder de reação, e se Gabriel realmente quiser, as batalhas irão ser grandes e anuais por um longo tempo.
Com o maior contingente da temporada, fortes emoções virão pro nosso lado. Vai ser um ano eletrizante.
Voltando à minha análise da temporada, o dia final de Pipe foi bonito. Poderia ter sido bem pior. A galera deu sorte na previsão.
Mas logo as direitas voltaram e Sunset e Waimea fizeram a minha e a alegria de muitos que costumam surfar essas ondas.
Foram muitas sessions em ambos os picos. Enchi o bucho em Sunset e dropei uma muito legal com o Gabriel Pastori na The Bay.
Surfei bastante e trabalhei muito também para uma nova empreitada no Canal Off. Aqui, abro mais um parênteses para agradecer e fazer uma transição profissional entre canais que propagam nosso esporte.
Depois de mais de 10 anos no Woohoo, desde a sua criação e tocando o programa Rái Eite 100 Tripé com muito prazer, agora é a hora de novos desafios no Canal OFF.
Agradecimentos aos pioneiros Bocão e Antônio Ricardo, e toda a equipe do Woohoo por estes anos de parceria, como também ao Canal Off e diretoria por essa nova oportunidade juntamente com os produtores Luciano Burin e Gustavo Migliora, por intermédio da produtora Surf e Cult.
Estivemos em gravações desde setembro de 2017 e o Havaí foi a preparação de nossa quinta série em diante.
Muita coisa legal vem para o segundo semestre deste ano e creio que os espectadores irão curtir.
Ou pelo menos é o que espero e é pelo qual estamos trabalhando.
No mais, um big Aloha e que o ano seja de alegrias, sucesso e muita saúde a todos.
Aloha!
Ian Gouveia faz a cabeça no Hawaii
Como deve estar a mente de Ian Gouveia após um 3o lugar em Pipeline, sabendo que está classificado para o WCT 2018?
Feliz, com certeza!
Pra comemorar ainda mais, nada como um bom dia de surf no Hawaii.
O pernambucano foi pra água lavar a alma e Túlio Henrique estava lá pra registrar a ação com altas imagens.
Se liga!
Piscina em Família
Em sua passagem pela Europa, os tops do WCT Ian Gouveia, Felipe Toledo, Niguel Pupo e Ítalo Ferreira, aproveitaram pra surfar em uma piscina com ondas na companhia de suas famílias.
Todo mundo entrou na festa, inclusive as crianças.
Confira as imagens e embarque nesse dia de muita alegria e altas ondinhas.
Como é ter um filho no WCT?
Após uma inédita conquista do título mundial amador de 1988, em Porto Rico, Fabio Gouveia começou a competir integralmente no circuito mundial em 1989.
Em mais de 20 anos de carreira, conquistou vitórias importantes como o primeiro brasileiro a vencer uma etapa do mundial fora do país, em Biarritz, na França, e em Sunset Beach, no Hawaii.
Um dos maiores ídolos da história do surf mundial, dono de vários feitos inéditos para o Brasil na história da antiga ASP, hoje WSL.
Fabinho revela detalhes curiosos em uma entrevista para Klaus Kaiser, um dos apresentadores da transmissão ao vivo em português da WSL sobre como é ver seu filho, Ian Gouveia, competindo no WCT.
Ian Gouveia está confirmado no WCT 2018
Todo o esforço de Ian Gouveia no Pipe Masters foi premiado pela World Surf League, que oficializou o wild card do pernambucano para disputar a temporada 2018 do Championship Tour.
O outro convite ficou para Kelly Slater, que se contundiu nesse ano e perdeu a maioria das etapas, mas aos 45 anos de idade confirmou que vai continuar competindo.
O Brasil já havia garantido um feito inédito, de ter o maior número de integrantes na divisão de elite pela primeira vez na história, com os dez surfistas que estavam classificados para o ano que vem, incluindo Mike Rodrigues.
Agora, serão onze brazucas contra oito australianos, seis norte-americanos, quatro havaianos, dois franceses, um sul-africano, um português e um taitiano.
Foi a primeira vez que o filho de um dos maiores ídolos do surf brasileiro, Fábio Gouveia, competiu no Pipe Masters e Ian fez bonito nos tubos de Pipeline e Backdoor.
Ian só parou na semifinal contra o bicampeão mundial John John Florence.
Ele vencia a bateria até o último minuto, quando o havaiano achou uma onda para fazer um tubo e um aéreo na finalização.
Com o terceiro lugar em seu primeiro Pipe Masters, Ian Gouveia subiu da 27ª para a 23ª posição no ranking final do WSL Leaderboard.
Ele seria o primeiro a ser chamado para substituir qualquer ausência dos tops, mas recebeu um dos wildcards da WSL e vai competir em todas as etapas.
O primeiro alternate então passou a ser o veterano Bede Durbidge.
No entanto, o australiano já anunciou que vai se aposentar e outro brasileiro poderá ser beneficiado, Miguel Pupo, que chegou no Havaí em 23° no ranking e caiu para o 25° lugar.
Além disso, Wiggolly Dantas é o 26° e ficaria com a outra vaga de alternate do CT.
É uma verdadeira invasão verde-amarela nunca antes vista na história do Circuito Mundial iniciada em 1976.
As cinco novidades na nova seleção brasileira são o cearense Michael Rodrigues paulista Jessé Mendes, os catarinenses Tomas Hermes, Yago Dora e Willian Cardoso, que conquistaram metade das vagas no G-10 do QS.
A temporada 2018 promete ser uma das mais excitantes da história e a grande novidade é a etapa inédita que será disputada na piscina de ondas criada por Kelly Slater na Califórnia.
Ela vai entrar no lugar da de Trestles, também nos Estados Unidos.
Outra mudança será a volta das direitas de Keramas, em Bali, Indonésia, substituindo a etapa de Fiji.
As demais continuam as mesmas, inclusive o Rio Pro, em maio, na Praia de Itaúna, em Saquarema.
Fique ligado no site da Mormaii para mais novidades e conteúdos sobre o WCT 2018.
[Fotos: Divulgação WSL]
Ian Gouveia é terceiro colocado em Pipe
Ian Gouveia foi o terceiro colocado no Pipe Master, última etapa do WCT 2018, realizada no Hawaii.
Um tubo de John John Florence faltando poucos minutos pro termino da bateria frustrou as pretensões do brasileiro, que precisava chegar à final para garantir a permanência no WCT.
Em um duelo marcado por poucas ondas, Ian colocou pressão logo de cara, com notas 6.83 e 5.50.
Mas o havaiano – embalado pela conquista do bicampeonato mundial – encontrou uma direita salvadora na última onda e não vacilou.
Depois de passar por um longo tubo, Florence acertou um aéreo rodando na junção e arrancou 8.73 dos juízes, totalizando 12.56 pontos, contra 12.33 de Ian.
Com o resultado, a princípio, Ian fica fora dos Top 22, que garantem uma vaga direta no Championship Tour, mas deve ganhar o wildcard da WSL para competir na próxima temporada, por ser o primeiro da fila na lista de classificação.
O outro provável convidado é Kelly Slater, que sofreu uma contusão em Jeffreys Bay e só voltou a competir em Pipeline.
Com esse resultado incrível, altos tubos e todo respeito que o terceiro lugar na onda mais emblemática do planeta proporcionam, Ian Gouveia firmou ainda mais seu nome entre os melhores surfistas do WCT.
Resultado do Pipe Masters 2017
1 Jeremy Flores (FRA)
2 John John Florence (HAV)
3 Ian Gouveia (BRA)
3 Kanoa Igarashi (EUA)
5 Joel Parkinson (AUS)
5 Julian Wilson (AUS)
5 Gabriel Medina (BRA)
5 Italo Ferreira (BRA)
Assista ao vídeo da semifinal em Pipeline
[Fotos: WSL/Tony Heff]