Sinta-se Mormaii

O que muda no CT em 2019?

O que muda no CT em 2019?

Mateus Herdy é o atual campeão mundial Pro Júnior // Foto: James Thisted

O que muda no CT em 2019?

O ano de 2018 foi praticamente perfeito para o surf brasileiro, com títulos mundiais do Championship Tour e Mundial Pro Junior (vencido por Mateus Herdy).

Além de nove vitórias em etapas do CT, Qualifying Series, uma Big Wave Tour (com Lucas Chumbo), a conquista da Tríplice Coroa Havaiana e os recordes mundiais de ondas grandes no masculino e feminino, o que podemos esperar para 2019 nos eventos do WT organizados pela World Surf League?

Entre os homens, a principal mudança é a quebra de três eventos seguidos da perna australiana, que tradicionalmente abriam a temporada.

Assim, logo depois da segunda etapa em Bells Beach, os Tops embarcam para Keramas, Bali, e em seguida voltam à Austrália para disputar a etapa de Margaret River.

No Feminino, o calendário segue o mesmo padrão dos homens, mas sem a disputa de Teahupoo, no Taiti.

Ian Gouveia em Saquarema // Foto: James Thisted

Ian Gouveia em Saquarema // Foto: James Thisted

Alterações

Se antes a temporada do CT começava em meados de março, a partir deste ano a tradicional etapa de abertura na Gold Coast, Austrália, acontece entre os dias 3 a 13 de abril.

Já a cidade de Saquarema (RJ) volta a receber a elite mundial entre os dias 20 e 28 de junho.

Outra mudança anunciada pela WSL em 2019 é o formato das baterias nas etapas do Championship Tour a partir de 2019.

O número total de baterias será o mesmo (36), mas o intuito da Liga é deixar as disputas mais dinâmicas.

Na primeira fase, os dois melhores atletas de cada bateria avançarão direto ao round 3, enquanto os terceiros colocados irão para a repescagem.

A repescagem terá apenas quatro baterias, em vez de 12. Cada confronto terá três atletas e os dois melhores seguirão adiante, enquanto apenas o último dará adeus ao evento.

Na terceira fase, os atletas que estrearam com vitória no evento devem entrar como cabeças de chave.

A regra só deve mudar a partir da metade do ano, quando os quatro primeiros do ranking mundial serão considerados os principais cabeças de chave do round 3 – uma forma de valorizar os principais candidatos ao título mundial.

O round 3 terá um total de 16 baterias, todas no formato homem a homem.

Em seguida, os atletas disputam as oitavas, as quartas, as semis e a final, todas também no formato homem a homem.

Por fim, na virada do ano, a WSL confirmou que fechou contrato com o Condado de Honolulu para a realização de campeonatos no arquipélago pelas próximas três temporadas.

Com o acordo divulgado, os eventos da entidade no Havaí estão garantidos no formato atual pelo menos até 2021. O Pipe Masters continua fechando a temporada e a Tríplice Coroa e o QS 3.000 segue em ação em janeiro na bancada havaiana.

Calendário Masculino

Quiksilver Pro Gold Coast: Snapper Rocks, Abril 3 – 13, 2019
Rip Curl Pro: Bells Beach, Abril 17 – 27, 2019
Bali Pro: Keramas, Maio 13 – 24, 2019
Margaret River Pro: Maio 27 – Junho 7, 2019
Oi Rio Pro: Saquarema, Junho 20 – 28, 2019
J-Bay Open: Jeffreys Bay, Julho 9 – 22, 2019
Tahiti Pro: Teahupo’o, Agosto 21 – Setembro 1, 2019
Surf Ranch Pro: Setembro 19 – 22, 2019
Quiksiver Pro France: Hossegor, Outubro 3 – 13, 2019
Meo Pro Peniche: Supertubos, Outubro 16 – 28, 2019
Billabong Pipe Masters: Pipeline, Dezembro 8 – 20, 2019

Calendário Feminino

Gold Coast Women’s Pro: Snapper Rocks, Abril 3 – 13, 2019
Rip Curl Pro: Bells Beach, Abril 17 – 27, 2019
Bali Women’s Pro: Keramas, Maio 13 – 24, 2019
Margaret River Pro: Maio 27 – Junho 7, 2019
Oi Rio Pro: Saquarema, Junho 20 – 28, 2019
J-Bay Open: Jeffreys Bay, Julho 9 – 22, 2019
Surf Ranch Pro: Setembro 19 – 22, 2019
Roxy Pro France: Hossegor, Outubro 3 – 13, 2019
Meo Pro Peniche: Supertubos, Outubro 16 – 28, 2019
Hawaii Women’s Pro: Honolua Bay, Novembro 25 – Dezembro 7, 2019

Provas do Qualifying Series no Brasil

– Hang Loose Pro: QS 6.000 Masculino, Cacimba do Padre, Fernando de Noronha (PE), Fevereiro 19 – 24, 2019
– Itamambuca, Ubatuba (tentativa): QS 6.000 Masculino, Junho 11 a 16, 2019
– Itacaré Surf Music Festival (tentativa): QS 1.500 masculino e 1.000 feminino, Itacaré (BA), Outubro 23 a 27, 2019
– Red Nose Pro (tentativa): QS 3.000 Masculino, Maresias (SP), Outubro 29 – Novembro 3, 2019
– Neutrox Weekend (tentativa): QS 1.000 feminino, Itacaré (BA), Julho 20 a 21, 2019
– Neutrox Weekend (tentativa): QS 1.000 feminino, Barra da Tijuca (RJ), Setembro 27 a 29, 2019

Clique e confira a linha Mormaii 2019

Carlos Burle se despede das competições em Nazaré

O forte vento Noroeste não deu trégua neste sábado (10/02) e impediu a sequência do Nazaré Challenge, terceira etapa do Big Wave Tour, que acontece na Praia do Norte, em Nazaré, Portugal.

Em um mar revolto, com ondas na casa dos 8 metros, foram realizadas apenas duas baterias do primeiro round.

Carlos Burle

Carlos Burle entrou na segunda bateria, o vento Noroeste apertou e as condições pioraram bastante.

A disputa marcou a despedida oficial do big rider das competições.

Aos 50 anos, o bicampeão mundial de ondas grandes saiu de Nazaré sem pegar nenhuma onda, mesma situação do havaiano Aaron Gold.

Quem levou a melhor na bateria foi o experiente norte-americano Peter Mel, que domou uma craca de 7.33 pontos, a maior nota do dia.

O português Alex Botelho e o australiano Jamie Mitchell, atual campeão do Nazaré Challenge, também garantiram vaga no próximo round.

Depoimento de Carlos Burle

Depois de toda a jornada para chegar aqui em Nazaré, enfrentamos uma bateria extremadamente difícil.

Muito vento, swell balançado, situação realmente extrema.

Minha estratégia foi tentar ficar um pouco mais para o inside.

Acabei tomando muitas ondas e muito grandes na cabeça, ficando super cansado e infelizmente não peguei nenhuma onda. Mas valeu!

Campeonato intenso, como tem sido a minha carreira!

Depois da minha bateria o campeonato foi cancelado pelo dia de hoje.

Amanhã de manhã será decidido se continuarão!

Muito muito obrigado para todos que torceram e torcem por nós!

Vocês nos instigam a sempre darmos o nosso melhor!

Paralisação

Depois disso, o diretor de prova Mike Parsons optou por paralisar a competição.

“Vimos o vento vindo realmente forte de Noroeste. As condições estão muito perigosas para os surfistas. Decidimos paralisar o evento e, como não houve mudança, optamos por adiar a prova e tentar terminá-la amanhã”, explica o comissário da WSL.

“O swell continua sólido e as previsões apontam ventos mais fracos. É realmente perigoso com esse vento, os surfistas não conseguiam chegar até a base da onda. O feedback deles foi que existiam muitos perigos lá fora”, completa Parsons.

[Foto de capa: Carlos Muriongo]

WSL e as boas vindas para Mike Rodrigues

O site da WSL produziu uma matéria irada sobre Michael Rodrigues e sua estreia no WCT 2018.

Nas linhas a seguir, você acompanha alguns dos melhores momentos da reportagem, traduzidos para o português:

Com a palavra, WSL

Para quem não sabe, Michael Rodrigues começou surfando quando ainda era criança e foi fisgado instantaneamente.

“Eu tinha 7 anos de idade e morava próximo a uma escolhinha de surf, então não tive como ficar longe do surf”, declara.

Entre os títulos em sua carreira competitiva estão os de Campeão Brasileiro Júnior (2011), Campeão Brasileiro Open (2012) e Campeão Mundial do ISA Games (2013).

Apesar de passar um pouco desapercebido pela grande mídia internacional, seus aéreos explosivos e manobras de borda com pressão chama a atenção aonde passa.

Durante os últimos 3 anos ele esteve determinado a fazer o seu melhor para entrar no WCT.

Morando em Florianópolis, o surfista de 22 anos trabalha duro, com muito foco e fé em Deus, para alcançar seus objetivos.

As batalhas do QS

Assim como Ian Gouveia, a maior parte dos pontos necessários para atingir sua classificação vieram de dois excelentes resultados durante a perna europeia do QS, especialmente Espanha e Azores.

“Eu amo competir aqui, é sempre muito bom”, disse ele na Espanha.

“Eu preciso vencer um desses, é desapontador ficar em segundo novamente, mas é um excelente resultado e estou ansioso pelos próximos eventos. Perder com a maior nota da bateria não é fácil, mas é assim que as coisas são”.

Ao longo de seis dias ele alcançou incríveis 9 mil pontos e em menos de uma semana pulou da 28ª colocação para 10º.

Pressão no Hawaii

Infelizmente um final florido não aconteceu no Hawaii, ele ficou em 17º no evento de Haleiwa e 49º em Sunset.

Com a 11ª colocação no ranking do QS, o primeiro atleta fora da zona de qualificação entre os 10 primeiros, ele passou a precisar de uma ajudinha extra, mais precisamente, pela pessoa de Kanoa Igarashi.

Caso ele garantisse sua vaga pelo ranking do WCT, abriria espaço para Mike.

O californiano colocou sua mágica em Pipeline e fez ainda mais que o necessário.

A classificação de Igarashi pelo CT confirmou Mike Rodrigues como o 5º brasileiro na elite do surf mundial 2018.

Sonho Realizado

Agora o regular foot tem uma chance de mostrar seu arsenal de aéreos explosivos e power surf fluído no grande palco de Snapper Rocks, durante a abertura do Mundial da World Surf League.

Surfar uma point break perfeito de direitas pra abrir sua carreira no WCT?

Agora não é mais um sonho!

[Fotos: Divulgação WSL // Imagens de Vídeo: Kleber Correa e Ian Tavares]

Tainá Hinckel é destaque no site da WSL

Tainá Hinckel aprontou de novo. Aos 14 anos de idade, a atual campeã Sul-Americana Pro Junior, categoria que vai até os 18 anos, ficou em terceiro lugar no Wolrd Junior Championship, etapa decisiva que aconteceu em Kiama, na Austrália, e consagrou a Taitiana Vahine Ferro como grande campeã.

O feito da jovem surfista catarinense, local da Guarda do Embaú, não passou desapercebido pela mídia internacional e Tainá ganhou destaque no site da WSL, entidade máxima do esporte no planeta.

Veja a seguir o que a World Surf League escreveu sobre a brasileira:

“Quando Tainá Hinckel venceu a atual campeã Macy Callaghan nas quartas de final, o cenário ficou desenhado para um imprevisto — teríamos uma vencedora inédita esse ano. A porta estava aberta para um time de jovens competidoras fora do quadro das potências tradicionais, especificamente Austrália e Estados Unidos, sempre no centro das atenções da categoria. Com as finalistas provenientes de países como Japão e Brasil, ficou demonstrado que o surf feminino internacional está em um nível ainda maior.”

A seguir, o artigo ressaltou:

“A semifinalista Taina Hinckel surfou com uma maturidade acima da sua juventude e sua vitória sobre Callaghan pode ter sido um marco para o seu país, o qual não produz o mesmo número de surfistas tops da elite em relação as mulheres, como o faz quanto aos homens, que vem dominando as competições Pro Junior e o ranking do Qualifying Series.”

Por fim, a WSL pergunta:

“Será Tainá o primeiro trovão da Tempestade Brasileira Feminina? Só o tempo dirá, mas com mais quatro anos pela frente na categoria, as chances estão ao seu favor.”

A seguir, você assiste ao vídeo da vitória de Tainá sobre a então campeã mundial Macy Callaghan.

[Fotos: WSL/Ethan Smith]

Mormaii Big Wave vem com tudo em 2018

Fábio Gouveia botando pra baixo no Cardoso | Foto: James Thisted

Fábio Gouveia botando pra baixo no Cardoso | Foto: James Thisted

No dia 30 de novembro, na última quinta-feira, foi encerrada a janela de espera do Mormaii Big Wave, evento de ondas grandes na remada que possui como palco a Praia do Cardoso, Farol de Santa Marta, município de Laguna (SC).

A excelente notícia é que o Governo do Estado de Santa Catarina, juntamente com a Mormaii, confirmaram o novo período de espera para 2018, o qual, dessa vez, ocorrerá no início do outono, aumentando as possibilidades de realização da prova.

Como funciona a janela de espera

Como qualquer campeonato de ondas grandes ao redor do mundo, determina-se um período de tempo, normalmente entre 4 e 9 meses, no qual a organização, de acordo com as previsões dos gráfico de internet, determinará um dia específico para a realização da disputa.

Um tamanho mínimo de onda é exigido para que seja feita a convocação dos atletas, o que no caso do Mormaii Big Wave é de 3 metros de swell, com 13 segundos de período e direção entre sudeste e leste.

Sendo assim, ao aparacer no radar uma condição semelhante para os próximos sete dias, liga-se o alerta amarelo, colocando os atletas e envolvidos em estado de atenção.

Caso a ondulação se confirme, com 72h de antecedência é emitido o sinal verde.

A partir daí não tem mais volta, competidores de todo o mundo são acionados e começam a se deslocar para Laguna.

Evento internacional de ondas grandes

Vale ressaltar que o Mormaii Big Wave é chancelado pela WSL e realizado em parceria com a FECASURF, ASTFSM e ATOWINJ.

Com patrocínio da Mormaii, Governo de Santa Catarina, FESPORTE e Prefeitura de Laguna, serão distribuídos R$ 50 mil de premiação em dinheiro aos competidores.

A lista de convidados reúne nomes ilustres das ondas gigantes, como os brasileiros Carlos Burle, Everaldo Pato, Lucas Chumbinho, Pedro Calado e Fábio Gouveia.

E também atletas de renome internacional, como o lendário australiano Ross Clarke Jones e o inglês Andrew Cotton.

Conheça a lista de convidados

A lista de convidados priorizou os atletas envolvidos com a WSL, incluindo brasileiros, sul-americanos e atletas de prestígio e reconhecimento internacional que figuram no radar do Big Wave Tour (Mundial de Ondas Gigantes).

Veja abaixo os nomes que farão parte do Mormaii Big Wave Challenge.

Carlos Burle (BRA)
Antonio Silva (POR)
Andrew Cotton (ING)
Rafel Tapia (CHI)
Coco Nogales (MEX)
Lucas Chumbo (BRA)
Diego Medina (CHI)
Lucas Silveira (BRA)
Alvaro Malpartida (PER)
Drake Hickman (HAV)
Pedro Calado (BRA)
Felipe Cesarano (BRA)
Jarryd Foster (AUS)
Rodrigo Koxa (BRA)
Cristian Merello (CHI)
Marcos Monteiro (BRA)
Lapo Coutinho (BRA)
Alex Botelho (POR)
Everaldo Pato (BRA)
Gabriel Villaran (PER)
Paulo Moura (BRA)
Mick Corbs (AUS)
Fabio Gouveia (BRA)
Ross Clarke Jones (AUS)

Praia do Cardoso, Farol de Santa Marta, Laguna (SC) | Foto: James Thisted

Praia do Cardoso, Farol de Santa Marta, Laguna (SC) | Foto: James Thisted